quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sala de aula inibe a criatividade dos alunos

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"Estudo da UnB revela que professores não estimulam a produção de ideias e que oportunidades para participação dos alunos são limitadas
fonte: SECOM/UNB (06.04.2009)
Camila Rabelo

As salas de aula estão longe de ser um ambiente propício à criatividade. Espaços para questionamentos, intervenções e pensamentos divergentes ainda são muito limitados nas escolas, segundo pesquisa da Universidade de Brasília realizada com 225 alunos da 5ª série de uma instituição pública do Distrito Federal. Embora fundamental para o estímulo à curiosidade e para a produção de ideias, a interação entre professores e estudantes é defasada, conforme revelou o estudo.

“Ainda falta clareza quanto à necessidade de o aluno perder o medo de errar, ter a ousadia de falar à vontade e pensar diferente. É preciso considerar toda a produção do aluno, gerando um clima de confiança na sala de aula”, afirma a psicóloga Ana Clara Libório, autora da pesquisa. Ela avaliou 160 minutos de aula de oito disciplinas da 5ª série, entrevistou professores e aplicou questionários aos estudantes.

“Nos ambientes mais favoráveis à criatividade, observamos que o professor não só está atento às demandas e ideias apresentadas pelos alunos, como também às intervenções que não se referem ao tema da aula, incentivando a imaginação”, avalia Ana Clara. Segundo ela, os adolescentes passam a ter mais interesse pela disciplina quando recebem essa atenção.

MAIS INTERESSE

Os resultados da pesquisa coincidem com os discursos de alunos da rede pública do DF. As estudantes da 5º série do Centro de Ensino Fundamental Nº 2 do Guará, Carla Fragoso, 12 anos, Isabel Medeiros, 11 anos, e Aline Dias, 10 anos, não demoram muito para responder sobre a aula que mais gostam, de História. A simpatia com a disciplina, porém, não está relacionada ao conteúdo, mas à maneira com que ele é transmitido. “O professor brinca e interage com a gente, é divertido”, diz Carla, com o consentimento das amigas.

Isabel explica a diferença com as demais matérias: “Quando o professor só escreve no quadro, explica e fica sentado, as aulas são entediantes.” O colega das três meninas, Matheus de Sousa, 10 anos, prefere a aula de Português. “Cada dia a gente faz uma atividade diferente, nós mesmos podemos inventar textos e até fazemos poesias”, relata.

Feliz com o reconhecimento, a professora de Português da escola, Francisca Barros, conta que há maior interesse da turma quando as atividades em sala de aula são diversificadas. “Procuro entender melhor o perfil do aluno e trazer a aula para o seu cotidiano”, explica.

Apesar de as interações entre professores e alunos serem tímidas, a compreensão demonstrada por Francisca estende-se a um número cada vez maior de docentes, de acordo com a pesquisa. O estudo analisou 377 episódios em que os estudantes participam com dúvidas e comentários em relação ao conteúdo da disciplina, esse tipo de interação correspondeu a 61,7% do total observado.

O número, aliado à análise das entrevistas, indica que os professores consideram que aspectos ambientais e individuais dentro da sala de aula favorecem o desenvolvimento da turma. “Eles estão cientes da importância de estabelecerem um clima favorável à criatividade, de estarem mais abertos aos questionamentos dos alunos”, afirma a professora do Instituto de Psicologia da UnB e orientadora do estudo, Marisa Brito da Justa Neves.

FALTA AUTONOMIA

Mas nem sempre é fácil mudar a rotina nas escolas. A pesquisa mostrou que os estudantes não são autônomos, ou seja, não conseguem se envolver em atividades com independência. Na análise de cinco fatores do questionário aplicado aos adolescentes, a autonomia obteve os menores resultados. A média das oito turmas foi 2,81 em uma escala de um a cinco. Os quatro outros aspectos analisados mantiveram médias entre três e quatro. “A grande queixa dos professores é em relação ao interesse dos jovens. Eles esperam sempre modelos prontos. Contudo, a independência não é muito estimulada, o silêncio é muito mais valorizado que a curiosidade”, analisa Ana Clara Libório.

Matheus Pinheiro, 10 anos, aluno da 5ª série do Centro de Ensino Fundamental Polivalente, confessa que sente vergonha de fazer perguntas na sala de aula. Da Escola Classe 405 Sul, Maria Clara Furtado, 10 anos, não esconde que é dispersa, gosta de conversar e é chamada a atenção por várias vezes.

Lidar com essa disparidade exige muito domínio por parte do professor, afirma Veralúcia Moreira, professora de Matemática da instituição onde estuda Maria Clara. Segundo ela, muitas atividades viram bagunça e não cumprem a finalidade proposta. “A disciplina exige concentração, silêncio, e os alunos não retornam à aula depois de atividades em grupo ou de caráter lúdico. As turmas são cheias, e os professores têm de ter muito domínio”, desabafa Veralúcia.

Para a professora de História do Centro de Ensino Fundamental Nº 2 do Guará Glória Amâncio da Silva, os docentes não estão preparados para aulas que instiguem a criatividade dos alunos. “As licenciaturas ensinam apenas conteúdo e esquecem de abordar estratégicas de ensino. O professor se prepara sozinho para encarar a sala de aula”, diz.

Mas posturas simples podem fazer diferença no interesse dos alunos pelo conteúdo, ressalta Ana Clara. Entre elas falar pausadamente; parar a aula para ouvir perguntas e contribuições dos alunos; e procurar incluir toda a turma nas discussões, em vez de voltar-se para um grupo.

O estudo não avaliou diferenças entre as disciplinas, mas nem sempre as mais favoráveis ao desenvolvimento da criatividade, como Artes, são as que apresentam condições para o desenvolvimento da habilidade. “O fundamental é a qualidade da interação entre professores e alunos, independentemente do conteúdo”, afirma a pesquisadora. ...."


Diante desta pesquisa da UnB, acredito que os ambientes virtuais de aprendizagem surgem como uma ferramenta poderosa na mão do educador, permitindo ele transpor os limites da sala de aula e facilitando o contato do aluno com o conhecimento que pode ser gerado pelo ambiente, colegas e professores "virtuais", que ele estará em contato no momento do acesso.

Entendo que somente o uso de diferentes estratégias educacionais, é possível construir uma educação para todos, com qualidade e formadora de opinião.

Hudson Victoria Diniz.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Pensando um pouco sobre EAD

A aprendizagem em ambientes virtuais é muito agradável, pois propicia ao aprendente a liberdade para se expressar com plenitude, mas para que isto aconteça o professor deve cativar o grupo pemitindo que exista a liberdade e intensão da troca de conhecimentos com todos os participantes.

O papel do professor portanto é de fundamental importância a postura do professor no processo de interação, pois ele fornece a segurança necessária ao aprendente , para se expressar e interagir com a ferramenta do ambiente virtual.

A dificuldade maior na aceitação do EAD, está em criar condições para que o professor mude os seus conceitos, deixando de ser um tecnófobo e aceite os recursos tecnológicos, como ferramentas úteis na interação dos alunos uns com os outros, e com as informações, gerando assim o conhecimento e sua internalização.

Já no foco dos aprendentes existe um estigma, quanto a sua legitimação, pois foi aprovado a pouco tempo, e existiram vários projetos pilotos que não foram continuados, não foi dado uma resposta a população causando um descrédito no conceito do EAD.

As comunicações podem ser sincronas (online, no mesmo momento, um chat como os professores e colegas) ou assincronas (por meio de um fórum ou e-mails), os alunos necessitam de tempo para se familiarizar-se com a interface do programa, perder os medos e assim melhor interagir, como numa sala comum de aula, devemos determinar as regras claras, efetuando um "quebra-gelo", para uma melhor ambientação.

Hudson Victoria Diniz 

Novo contexto educativo

Somente podemos imaginar um novo contexto educativo, com a formação adequada dos nossos professores, para que possam estar preparados a usar as novas tecnologias como ferramentas educacionais, que motivem os alunos a aprender, com prazer, sentido e espírito crítico .

As tecnologias devem apoiar o professor na sua tarefa de ensinar e formar os alunos, em atividades cativantes e integradoras, isto somente é possível com a participação do docente, ele encarando a tecnologia como sua aliada, compreendendo o seu funcionamento e uso, com metodologias mais adequadas para sua aplicação, sem reservas e medos de que o computador ou outros recursos tecnologicos, lhe retirem o emprego.

Como qualquer instrumento que usamos na sala de aula, por exemplo a fala, podemos ferir ou agradar as pessoas, com palavras que dizemos, a tecnologia também depende da forma com que é utilizada, podemos fazer ela incluir ou excluir individuos de um grupo ou uma sociedade.

Hoje fala-se muito de inclusão digital, vejamos a sociedade da informação, ela esta ai, ela existe, é realidade, fato, devemos como professores retirar o melhor dela, para auxiliar nossos alunos, propiciando novas chances, oportunidades de mudar a realidade em que vivem.

As aulas no futuro, desde que bem planejadas, serão cativantes e produtivas e permitirão aos alunos atingir um grau de aprendizado jamais sonhado. Imagine quão interessante a troca de idéias e diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto, em diferentes partes do mundo, isto é possível hoje na internet.

Mas compreendo e ressalvo, o aluno e o professor devem estarem preparados para o uso adequado do computador, isto é fundamental, e somente com a iniciação ao uso deste recurso, nas idades mais tenras é possível retirar o máximo do aprendizado com tecnologias novas. Com o passar dos anos, criamos conceitos, preconceitos e zonas de conforto que impedem que aceite-mos com facilidade o "novo".

Como uso do lápis é necessário para escrever, para retirar-mos os resultados esperados com o uso da tecnologia é necessário ensinar ao aluno como usar os recursos tecnológicos, ele tem se sentir confortável com o seu uso. A tecnologia, sendo familiar, facilita a sua aceitação, hoje vemos nossos filhos e alunos utilizando a tecnologia, que levamos tempos para aprender, eles encaram sem preconceitos o novo, devemos ser como eles, como a água que se moldar a o jarro, flexibilidade é a palavra de ordem, para ter-mos exito ao trabalhar-mos com novos recursos tecnologicos educacionais.

Hudson Victoria Diniz (Sorocaba-SP)

 

Sobre os recursos tecnologicos

Como professor, na área de computação em escola técnica de nível médio e profissionalizante, uso estes recursos até hoje, tal qual o giz e o quadro negro, são recursos bem conhecidos por todos os professores.

Claro que podemos fazer uso destes recursos em nossas aulas, mas mesmo entre meus colegas, encontro quem diga que estes recursos não servem, ou que não atingem os objetivos esperados.

Problema de conseguir ou não "usar” a tecnologia, está em nós mesmos, como professores devemos sempre vencer as nossas dificuldades de interação com as ferramentas e recursos tecnológicos.

O professor deve ter em mente, que sem um planejamento didático adequado, que inclua estes recursos de forma motivadora, não é possível obter bons resultados no processo de ensino-aprendizagem, lembrando que toda ação, deve ser acompanhada por uma reflexão, por parte do aluno para que ele construa o conhecimento.

Solução é vencer os paradigmas e tirar o melhor dos recursos tecnológicos, para que ocorra a aprendizagem, não usar as novas tecnologias é caminhar para trás, ter a ferramenta e não usar é como ter um carro e andar a pé, tudo depende, “para que...”, “para quem...” e “quando” e “por que...”,

O professor tem que ter flexibilidade, usar os métodos didáticos e recursos tecnológicos de acordo com diversidade cultural de seus alunos, tendo como guia o currículo proposto pela instituição onde atua, para assim alcançar seus objetivos.

Hudson Victoria Diniz (Sorocaba-SP)